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A importância da Organização

Actualmente, fala-se muito em equilíbrio interior, em reencontrar a nossa essência e em termos uma vida mais calma, harmoniosa e feliz.
Mas, como atingir esta vida plena com uma casa que não nos inspira alegria, para a qual não sentimos vontade de regressar e que não nos transmite o sentimento de nosso refúgio seguro?
São muitas as teorias que associam a organização e a arrumação a uma vida mais equilibrada e saudável, porque, muitas vezes, a nossa casa está repleta de coisas e mais coisas e, grande parte delas, estão acumuladas e estagnadas na nossa vida. Para cúmulo, nem sequer gostamos dessas coisas e não usufruímos das mesmas.
Assim, para a nossa descoberta interior, é importante libertarmo-nos do que não interessa no nosso exterior.
A organização e arrumação do espaço pessoal é muito mais do que apenas arrumar objectos. Também é um arrumar de ideias na nossa mente, o que nos permite ver a vida de forma mais clara.
No que se refere ao nosso espaço profissional, a organização permite um maior foco nas tarefas, concentrando a nossa atenção no que é importante e conseguindo um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Quando fazer?
Em qualquer altura, Aproveitar os fins-de-semana e os feriados ou, quem sabe, tirar uns dias de férias para pôr a vida em ordem.
Como fazê-lo?
Devemos implementar um processo completo de organizaçãoÉ importante seguir algumas regras:
      A) Querer arrumar em definitivo a nossa casa. Querer é poder!
     B) Visualizar, mentalmente, como queremos a nossa casa no final do processo. Se necessário consultar revistas de decoração para inspiração;
    C) Marcar na agenda tempo para esta actividade. Se não definirmos tempo para este processo, a correria do dia-a-dia vai sobrepor-se e não começamos nunca;
     D) Para quem tem filhos:
- se forem muito pequenos combinar deixá-los na avó ou na casa de uma amiga. Até podem fazer o processo em conjunto, alternando quem fica com as crianças;
- se forem crescidos, envolva-os no processo, deixando-os organizar as suas coisas e os seus quartos.
    E) Organizar por categoria e não por aposento. Começando pelos itens mais fáceis. Devemos juntar todos os objectos de uma categoria e fazer a escolha da mesma. Vão ficar surpreendidos com a quantidade de coisas que possuem. Se determinada categoria for muito grande, podemos subdividir em subcategorias.
   F) A organização completa implica apenas duas etapas, que devem seguir esta ordem:
1.     Destralhar – livrarmo-nos da tralha, ou seja, escolher e manter apenas os objectos de que gostamos, que nos são úteis e que nos fazem felizes;
2.     Arrumar – definir um lugar para cada coisa e colocar cada coisa no seu lugar.
Por onde começar?
Pelas roupas, pois são os itens mais fáceis. Para além da habitual rotação das roupas de inverno pelas roupas de verão, devemos aproveitar para verificar se todas as peças estão em bom estado, se ainda nos servem, se ainda gostamos delas e se as vamos utilizar no próximo ano.
Devemos manter apenas as peças que nos inspiram alegria, que nos fazem felizes.
De seguida passamos para os livros. Certamente terá livros de um curso que fez, mas que nunca mais consultou e que já estão desactualizados.
Nesta categoria incluem-se as revistas, que guardamos só porque tem um artigo de que gostamos. Se o artigo é mesmo do nosso interesse, podemos recortá-lo e guardar apenas esse recorte, em vez da revista inteira.
Categoria seguinte: papelada. Normalmente acumulamos imensos papéis inúteis: garantias com o prazo expirado; manuais de instruções de electrodomésticos que já não existem, ou que nunca lemos; extractos bancários com décadas.
Em último lugar ficarão os objectos de valor sentimental, pois são os mais difíceis de escolher e com os quais iríamos perder muito tempo se fossem seleccionados no início do processo. Mas no final, já estamos treinamos para identificar aquilo que queremos manter. Já nos conhecemos melhor e já “arrumamos” a nossa vida interior.
Como conseguirei fazê-lo?
É necessário ter método e, se seguir as regras acima indicadas, será muito mais fácil.
Se, mesmo assim, tiver dificuldade, basta recorrer aos serviços de uma Consultora em Organização.
Uma consultora ajuda-nos a encontrar o caminho para a nossa casa ideal. E este ideal não está relacionado com o tamanho da casa, mas com o sentimento de paz e tranquilidade que cada casa deve transmitir ao seu dono. O importante é que a nossa casa tenha as coisas de que mais gostamos, que estas estejam no local certo e que tudo tenha a sua função bem definida.
Para além da evidente melhoria na organização do espaço físico, seja em casa ou no trabalho, há também uma melhoria no interior. A mente ficará muito mais disponível para novos desafios e, em simultâneo, estará muito mais calma e serena.
Se o processo de organização for bem feito, não mais terão que organizar a vossa casa, mas apenas manter o estado ideal com que sonharam.


Artigo originalmente publicado na Revista "ZEN Energy" de Novembro de 2018

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