Actualmente, fala-se muito em equilíbrio interior, em reencontrar a nossa essência e em
termos uma vida mais calma, harmoniosa e feliz.
Artigo originalmente publicado na Revista "ZEN Energy" de Novembro de 2018
Mas,
como atingir esta vida plena com uma casa que não nos inspira alegria, para a
qual não sentimos vontade de regressar e que não nos transmite o sentimento de nosso refúgio
seguro?
São
muitas as teorias que associam a organização e a arrumação a uma vida mais
equilibrada e saudável, porque, muitas vezes, a nossa casa está repleta de
coisas e mais coisas e, grande parte delas, estão acumuladas e estagnadas
na nossa vida. Para cúmulo, nem sequer gostamos dessas coisas e não usufruímos
das mesmas.
Assim,
para a nossa descoberta interior, é importante libertarmo-nos do que não
interessa no nosso exterior.
A
organização e arrumação do espaço pessoal é muito mais do que apenas arrumar
objectos. Também é um arrumar de ideias na nossa mente, o que nos permite
ver a vida de forma mais clara.
No
que se refere ao nosso espaço profissional, a organização permite um maior foco
nas tarefas, concentrando a nossa atenção no que é importante e
conseguindo um melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.
Quando fazer?
Em
qualquer altura, Aproveitar os fins-de-semana e os feriados ou, quem sabe, tirar uns dias de férias para pôr a vida em ordem.
Como fazê-lo?
Devemos
implementar um processo completo de organização. É
importante seguir algumas regras:
A) Querer
arrumar em definitivo a nossa casa. Querer é poder!
B) Visualizar,
mentalmente, como queremos a nossa casa no final do processo. Se necessário
consultar revistas de decoração para inspiração;
C) Marcar
na agenda tempo para esta actividade. Se não definirmos tempo para este
processo, a correria do dia-a-dia vai sobrepor-se e não começamos nunca;
D) Para quem tem filhos:
- se forem muito pequenos
combinar deixá-los na avó ou na casa de uma amiga. Até podem fazer o processo
em conjunto, alternando quem fica com as crianças;
- se forem crescidos,
envolva-os no processo, deixando-os organizar as suas coisas e os seus
quartos.
E) Organizar
por categoria e não por aposento. Começando pelos itens mais fáceis. Devemos
juntar todos os objectos de uma categoria e fazer a escolha da mesma. Vão ficar
surpreendidos com a quantidade de coisas que possuem. Se determinada
categoria for muito grande, podemos subdividir em subcategorias.
F) A
organização completa implica apenas duas etapas, que devem seguir esta ordem:
1. Destralhar – livrarmo-nos da tralha, ou
seja, escolher e manter apenas os objectos de que gostamos, que
nos são úteis e que nos fazem felizes;
2. Arrumar – definir um lugar para cada
coisa e colocar cada coisa no seu lugar.
Por onde começar?
Pelas
roupas, pois são os itens mais
fáceis. Para além da habitual rotação das roupas de inverno pelas roupas de
verão, devemos aproveitar para verificar se todas as peças estão em bom
estado, se ainda nos servem, se ainda gostamos delas e se as vamos utilizar no
próximo ano.
Devemos
manter apenas as peças que nos inspiram alegria, que nos fazem felizes.
De
seguida passamos para os livros. Certamente terá livros de um curso que fez, mas que nunca mais consultou e que
já estão desactualizados.
Nesta
categoria incluem-se as revistas, que guardamos só porque tem um artigo de que
gostamos. Se o artigo é mesmo do nosso interesse, podemos recortá-lo e guardar
apenas esse recorte, em vez da revista inteira.
Categoria
seguinte: papelada. Normalmente
acumulamos imensos papéis inúteis: garantias com o prazo expirado; manuais de
instruções de electrodomésticos que já não existem, ou que nunca lemos; extractos
bancários com décadas.
Em
último lugar ficarão os objectos de
valor sentimental, pois são os mais difíceis de escolher e com os quais iríamos
perder muito tempo se fossem seleccionados no início do processo. Mas no final,
já estamos treinamos para identificar aquilo que queremos manter. Já nos
conhecemos melhor e já “arrumamos” a nossa vida interior.
Como conseguirei fazê-lo?
É
necessário ter método e, se seguir as regras acima indicadas, será muito mais
fácil.
Se,
mesmo assim, tiver dificuldade, basta recorrer aos serviços de uma Consultora em
Organização.
Uma
consultora ajuda-nos a encontrar o caminho para a nossa casa
ideal. E este ideal não está relacionado com o tamanho da casa, mas com o sentimento
de paz e tranquilidade que cada casa deve transmitir ao seu dono. O importante
é que a nossa casa tenha as coisas de que mais gostamos, que estas estejam no
local certo e que tudo tenha a sua função bem definida.
Para
além da evidente melhoria na organização do espaço físico, seja em casa
ou no trabalho, há também uma melhoria no interior. A mente ficará
muito mais disponível para novos desafios e, em simultâneo, estará muito mais
calma e serena.
Se
o processo de organização for bem feito, não mais terão que organizar
a vossa casa, mas apenas manter o estado ideal com que sonharam.
Artigo originalmente publicado na Revista "ZEN Energy" de Novembro de 2018
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